Clínica Geral

Saiba mais sobre doenças, tratamentos e sintomas

Nutrição

Dicas sobre refeição equilibrada, dietas e benefícios alimentares.

Psicologia

Bem-estar e saúde mental

Em Movimento

Exercícios para relaxamento e condicionamento físico, mexa-se!

Corpo

Dicas e cuidados para a saúde do corpo.

Roncar faz Mal

Esta não é uma questão insignificante, visto que cerca de 45% da população ronca, além disso nem todas as pessoas conseguem adaptar-se a um parceiro que emite, regularmente, de noite, sons que podem atingir 70 decibéis. 
Os indivíduos maioritariamente abrangidos têm entre 40 e 65 anos de idade; 41% das mulheres e 48% dos homens roncam (mais frequentemente obesos, fumadores e sedentários). No entanto, e lamentavelmente, são, sobretudo, os homens: 60% contra 40% das mulheres, sem dúvida mais pacientes. O risco aumenta com a idade, devido à perda de elasticidade dos tecidos (pele, mucosas, músculos).


O Ronco

É possível constatar que o ato de roncar não é igual para todos: alguns roncam ao longo da noite toda e também de dia, durante a sesta; outros fazem-no na fase do primeiro sono; outros ainda, só deitados de costas. Além dessas ocasiões mencionadas, todos estamos um pouco sujeitos a roncar no caso de constipação ou dores de garganta, depois de uma refeição abundante, depois de ter ingerido alguns fármacos (particularmente calmantes) ou bebidas alcoólicas.




Como acontece?

O ronco é um ruído que se produz quando o fluxo livre de ar encontra uma obstrução ao passar pelas vias aéreas superiores: língua, céu da boca (palato) e a úvula (campainha). Quando estas estruturas vibram devido a passagem do ar, produz-se o ronco.




É muito grave roncar ?
Do ponto de vista Social - SIM. Normalmente o roncador é motivo de ridicularização, além de atrapalhar o sono dos que compartilham o ambiente e até lhes provocar ressentimento.
 Do ponto de vista Médico - SIM. Perturba os padrões de sono, abreviando-lhe o descanso necessário. Quando o ronco é severo, pode produzir problemas de saúde a longo prazo. Freqüentemente se associa com Hipertensão arterial, impotência, insuficiência cardíaca, perturbações da memória, atenção, concentração, capacidade de trabalho, acidentes, sonolência e distúrbios emocionais.

Além disso, quem ronca pode ter problemas muito graves como a “Síndrome das apneias noturnas obstrutivas” (SAO), uma doença grave que tem fortes repercussões em todo o organismo causada quando ocorre uma obstrução total da passagem do ar pelas vias aéreas superiores, interrompendo a respiração por alguns segundos.
Para o roncador, o que fazer????
-  Pare de fumar, se for o caso.
- Perca peso, se tiver em excesso.
- Não consuma bebidas alcoólicas, sobretudo à noite (e o melhor seria evitá-las sempre!).
- Durma de barriga para baixo ou sobre um dos lados.
- Não coma muito à noite.
- Levantar a cabeceira da cama cerca de 15 a 20 centímetros.
- Procurar um médico otorrinolaringologista


E para quem "atura" um parceiro roncopático?
- Experimente adormecer antes do “perigoso” ressonador.


- Durma em outro quarto, pelo menos quando estiver realmente cansado e não se pode “dar ao luxo” de perder mais uma noite de sono.



- Coloque tampões nas orelhas (existem os que não são oleosos e que não mancham os lençóis e as fronhas).





O Ronco é tratável?

Os roncadores severos, aqueles que roncam diariamente ou em qualquer posição ou alteram a vida familiar, devem buscar o conselho médico para se assegurar que a apnéia obstrutiva do sono não seja um problema. O otorrinolaringologista é o médico mais indicado pois lhe fará um exame cuidadoso do nariz, da boca, do palato, da garganta e do pescoço. Um estudo em um laboratório de sono (polissonografia) poderá ser necessário para determinar a severidade do ronco e suas conseqüências para a saúde.

O tratamento depende do diagnóstico. Um exame em consultório pode revelar se o ronco se deve a uma alergia nasal ou uma infecção, uma deformidade do nariz, das amígdalas ou das adenóides. O ronco pode responder melhor à uma cirurgia da garganta e do palato para ajustar os tecidos flácidos e ampliar a via respiratória. Em alguns casos, não é possível realizar a cirurgia ou o risco é muito alto em função de outros problemas. Nestes casos, o paciente pode dormir com uma máscara nasal que introduz pressão de ar na garganta.

Lembre-se que o ronco significa respiração obstruída e a obstrução pode ser grave!!






Fonte: Revista Saúde e Lar; Instituto de Otorrinologia e Cirurgia de cabeça e pescoço de São Paulo http://www.japorl.com.br

Fuja da Alergia

As alergias parecem rivalizar umas com as outras para ver qual “chega” mais cedo nesta época, por isso damos aqui algumas sugestões práticas para as evitar:
missing image file Evite varrer a casa para não levantar poeira. Procure fazer a limpeza utilizando o aspirador e um pano úmido.
 Mantenha o quarto com as janelas e portas abertas durante, pelo menos, uma hora por dia, no horário em que a luz do sol possa entrar.
 Forre colchões e almofadas. Quando os comprar, prefira os que têm protecção anti-ácaro e enchimento de material sintético.
 Prefira usar edredons a cobertores. Se não puder evitar o cobertor, use uma capa feita com dois lençóis.
 Retire os brinquedos de pelúcia do quarto de crianças alérgicas. Escolha brinquedos e enfeites que possam ser limpos com facilidade.
 Evite carpetes, tapetes, roupas de lã e outros materiais que acumulem poeira. O pó é uma das principais causas de alergia.
 Nunca sacuda as roupas de cama e os tapetes dentro do quarto.
 Evite manter objectos em cima ou debaixo dos móveis. Procure guardar tudo dentro de armários e gavetas, para evitar o acúmulo de poeira.
 Mantenha os animais de estimação fora de casa ou, pelo menos, longe do quarto da pessoa alérgica.
 Não use produtos de limpeza com cheiro forte. Troque-os por sabão neutro e produtos sem perfume.


Fique livre da Alergia, mantenha o ambiente sempre limpo!
Fonte: Revista Saúde e LAr

Hipertensão Arterial ou Pressão Alta


O que é hipertensão arterial ou pressão alta?
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença caracterizada pelo aumento da força (pressão) que o sangue exerce na parede das artérias ao se movimentar, atingindo valores de pressão acima dos considerados normais.

Quando uma pessoa é considerada hipertensa?
A pessoa é considerada hipertensa quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140/90 mmHg (ou 14 por 9). Para essa consideração, os dados precisam ser medidos várias vezes, utilizando aparelhos calibrados.   

Quais consequências a pressão alta pode trazer?
Se não tratada, a pressão alta pode ocasionar derrames cerebrais; doenças do coração: infarto, aumento do coração e dor no peito; problemas renais e alterações na visão.

Quais as pessoas com maior risco de se tornarem hipertensas?
Aquelas com excesso de peso, que não possuem uma alimentação saudável, ingerem muito sal, não fazem exercícios físicos, consomem muita bebida alcoólica, são diabéticos ou têm familiares com pressão alta. Após os 55 anos, mesmo as pessoas com pressão arterial normal, tem 90% de chance de desenvolver a hipertensão.

Quais os sintomas da pressão alta?
A maioria das pessoas com pressão alta não apresenta nenhum sintoma no início da doença, por isso ela é chamada de "inimiga silenciosa". Entretanto, alguns sintomas são atribuídos a pressão alta: dor de cabeça, cansaço, tonturas, dentre outros. Entretanto, a única forma de saber se a pressão está alta é verificando regularmente os seus valores, o que pode ser feito nos hospitais, centros de saúde. 

Sou hipertenso. O que devo fazer?
- Meça sua pressão regularmente.
- Diminua a quantidade de sal na comida. Use no máximo 1 colher de chá para toda a alimentação diária. Não utilize saleiro à mesa e não acrescente sal no alimento depois de pronto.


- Tenha uma alimentação saudável: 
EVITE: frituras, açúcares e doces, derivados de leite na forma integral, ou seja, com gorduras;  carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras; temperos prontos, alimentos industrializados que vem enlatados, conservas, defumados e charque.
PREFIRA: alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados; temperos naturais como limão, alho, salsa, cebolinha; frutas, verduras e legumes; produtos lácteos desnatados (sem gordura).


- Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas e o uso de fumo;
- Mantenha um peso saudável. Também é importante avaliar a medida da circunferência abdominal (cintura): que no homem não deverá ultrapassar 94 cm e, na mulher, 80 cm. 
- Pratique atividade física ao menos 5 dias por semana: suba escadas, faça caminhadas, ande de bicicleta, etc.


- Controle o estresse. Tente administrar seus problemas de forma mais tranquila. A "arte do viver bem" é enfrentar os problemas do dia-a-dia com sabedoria e tranquilidade.
- Se utilizar medicamentos, tome as medicações conforme orientação médica. Compareça às consultas regularmente e não abandone o tratamento. 

Pense Nisso:
- A hipertensão arterial ou pressão alta não tem cura, mas tem controle;
- O tratamento da pressão alta é realizado por toda a vida, promovendo melhor qualidade de vida e longevidade;
- Se você tiver acima do peso, saiba que com o emagrecimento a sua pressão pode diminuir ou até normalizar. Desse modo, necessitará de menos remédios.



Tratar a pressão alta é um ato de FÉ na Vida!






Fonte: Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Hipertensão Arterial Sistêmica. 2006.

Festival de Humor em DST e Aids

O Ministério da Saúde, em seu Programa Nacional de DST e AIDS, e o IMAG – Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil, com objetivo de estimular e divulgar a prevenção da aids e doenças sexualmente transmissíveis por meio da criação dos humoristas gráficos, promoveram o 1.º Festival Internacional de Humor em DST e Aids (Brasil). 
A participação neste evento foi aberta a todos os cartunistas profissionais ou amadores (maiores de 16 anos) de qualquer país. Do total de 1.200 participantes, 300 trabalhos foram selecionados e integram a exposição e o catálogo impresso. Confira algumas imagens:









Fonte:    Brasil. Ministério da Saúde.1.º Festival Internacional de Humor : DST e Aids / Ministério da Saúde. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2007.



 Fica a mensagem:

Vista-se, use SEMPRE camisinha! Com amor, paixão ou só sexo mesmo'

 



Saiba Mais:
DST: CONHECER PARA PROTEGER
http://artedocuidarnasaude.blogspot.com/2010/11/dst-conhecer-para-se-proteger.html


Assédio Sexual no Ambiente de Trabalho

Assédio sexual é toda tentativa, por parte do superior hierárquico (chefe), ou de quem detenha poder hierárquico sobre o subordinado, de obter dele favores sexuais por meio de condutas indesejáveis e rejeitáveis, com o uso do poder que detém, como forma de ameaça e condição de continuidade no emprego.
 
Pode ser definido, também, como quaisquer outras manifestações de caráter sexual com o intuito de prejudicar a atividade laboral da vítima, por parte de qualquer pessoa que faça parte do quadro funcional, independentemente do uso do poder hierárquico.
 
O assédio sexual está restrito ao poder hierárquico no ambiente de trabalho?
Não. A noção de assédio sexual abrange qualquer um no ambiente de trabalho, do topo da hierarquia à base do quadro. Podendo ser classificado como:
- Assédio sexual por chantagem: definido como a exigência por parte do superior hierárquico a um subordinado, para que se preste à atividade sexual, sob pena de perder o emprego ou benefícios relacionados ao emprego. Esta espécie de assédio é conseqüência direta do abuso de uma posição de poder da qual o agente possui.
-Assédio sexual por intimidação: é caracterizado por solicitações sexuais ou outras manifestações verbais ou físicas com o efeito de prejudicar a atuação de uma pessoa ou criar uma situação ofensiva, hostil, de intimidação ou abuso no ambiente em que é praticado. 

Alguns exemplos de assédios sexuais:
- Pedidos de favores sexuais pelo superior hierárquico com promessa de tratamento diferenciado em caso de aceitação;
- Ameaças ou atitudes concretas de represália no caso de recusa, como a perda do emprego ou de benefícios;
- Abuso verbal ou comentário sexista sobre a aparência física;
- Frases ofensivas ou de duplo sentido;
-Alusões grosseiras, humilhantes ou embaraçosas;
- Perguntas indiscretas sobre a vida privada do trabalhador;
- Elogios atrevidos;
- Convites insistentes para almoços ou jantares;
- Insinuações sexuais inconvenientes e ofensivas;
- Solicitação de relações íntimas ou outro tipo de conduta de natureza sexual, mediante promessas de benefícios e recompensas;
- Exibição de material pornográfico, como o envio de e-mail aos subordinados;
- Pedidos para que os subordinados se vistam de maneira mais provocante ou sensual;
-Apalpadelas, fricções ou beliscões deliberados e ofensivos.
 
Somente as mulheres são assediadas?
Não. Os homens também sofrem assédio sexual por parte de mulheres e de outros homens. Assim, pode ocorrer assédio entre pessoas de sexos diferentes ou entre pessoas do mesmo sexo. 

 O assédio sexual só é caracterizado se praticado no local de trabalho?
Não. O que se exige para a configuração do crime de assédio sexual é que este tenha relação com o trabalho. Um exemplo adequado é o assédio praticado em uma carona oferecida ao término da jornada, na qual o assediador intimida a vítima com ameaças de prejuízos no trabalho.

 Conseqüências do assédio sexual sobre a saúde 
Estresse emocional; Sentimento de culpa; Perda do poder de concentração; Transtornos de adaptação; Ansiedade; Insegurança; Baixa auto-estima; Perda de produtividade; Falta de motivação.

O que não é assédio sexual? 
- A mera “paquera”, ou seja, a tentativa de aproximação para relacionamento amoroso, ou mesmo sexual, não constitui assédio sexual;
- A simples intenção sexual, o instituto de sedução do companheiro de trabalho, superior ou inferior hierárquico, não constitui assédio sexual. Necessária será sempre a intenção de valer-se do posto funcional como um atrativo;
- A proposta sexual feita sem insistência e sem ameaça ou pressão, também não;
- Meros galanteios com comentários normais do tipo “gostei do seu vestido”;
- A conduta inconveniente numa festa de trabalho, onde um colega ou chefe, após algumas doses a mais, faz comentários de duplo sentido e lança olhares sedutores, também não constitui assédio, salvo se houver alguma ameaça concreta, e ela for posta em prática mais tarde;
- Em caso de proposta sexual em que haja “acordo amigável” e que ambas as pessoas obtenham vantagem (uma obtém prazer e a outra obtém privilégios com o chefe) não configuram assédio sexual; 
- A conduta de quem alega ter sido obrigada a consentir em fazer sexo com superior para não perder o emprego tendo praticado o ato repetidas vezes.

 O assédio sexual pode gerar indenizações?
Sim. Os danos sofridos pela vítima podem gerar direito a indenizações por danos de caráter material e moral.
Servidores Públicos podem requerer indenizações que abranjam:
a) os danos emergentes – que englobam o que a vítima efetivamente perdeu, como no caso do servidor que fica doente em função do assédio, tendo gastos com tratamento médico e medicamentos;
b) os lucros cessantes – o que a vítima deixou de ganhar como no caso do servidor que pediu exoneração porque foi assediado, deixando, assim, de receber os seus vencimentos.
 
O que o trabalhador assediado pode fazer? 
Romper o silêncio; Contar para aos colegas o que está acontecendo; Reunir provas, como bilhetes, presentes, entre outros; Arrolar colegas que possam ser testemunhas; Reportar o acontecido ao setor de recursos humanos; Registrar queixa na Delegacia da Mulher e, na falta dessa, em uma delegacia comum.

Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Assédio: violência e sofrimento no ambiente de trabalho. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008.

Só depende de você... Colocar um BASTA nesta situação!




Compulsão por Jogos

missing image fileJogar é tão comum no cotidiano quanto respirar. No entanto, existem componentes no jogo, e em certos jogos, que podem extravasar para o descontrole da vontade do jogador. Por isso, o jogo é hoje uma realidade que merece uma reflexão especial quanto ao seu potencial para criar dependência.

O “jogo”, como atividade recreativa ou de exploração e construção de relações sociais, permite a descoberta do mundo, o desenvolvimento psíquico-social e biológico do indivíduo. No campo da socialização, o jogo possibilita experimentar papéis sociais, criar coesão social ou marginalização, reforça a identidade ou expõe a marginalidade, num permanente fabrico da teia social na qual se movem os indivíduos. Assim, podemos caracterizar o jogo como uma plataforma para satisfazer necessidades sociais e psicológicas, que dentro dos padrões da razoabilidade, pode desempenhar um papel relevante na sociedade.

O jogo como doença 
A OMS define o jogo compulsivo como qualquer tipo de jogo excessivo que origine perturbações financeiras, sociais e/ou psicológicas.
Desde os jogos de póquer, cartas e dados, aos jogos de computador podem se transformar em doença. Embora não existam estudos que estabeleçam essa relação, não é difícil pensar que longas horas passadas em frente de um computador a jogar jogos de morte, guerra, ou simplesmente inseridos em mundos virtuais, provocará uma alienação acentuada da realidade, dos deveres sociais e humanos, da insensibilidade perante o sofrimento causado pela violência ou pela morte, comprometendo assim a integridade da vida humana no respeito pelas mais básicas qualidades. 


Mas porque é que o jogo se pode tornar uma doença? 
Basicamente pelos efeitos que provoca ao nível do cérebro, ao induzir sensações de bem-estar elevado, gerando incapacidade da pessoa dominar a pulsão para jogar, independentemente das consequências que tal prática possa acarretar ao nível social (família, profissão, lazer), financeiro ou biológico (consumindo as horas do descanso da noite por exemplo).

Impulso para o Jogo
 Temos de distinguir vários tipos de impulsos para o jogo: 
 A que é baseada na emoção da “sorte”. Aqui temos jogos como a roleta. Neste caso, a pessoa sai premiada, o que lhe dá uma euforia e supremacia perante os demais companheiros de jogo. 
 A que é baseada no envolvimento intelectual do jogador, embora a sorte possa desempenhar algum papel. É o caso do póquer, para o qual é preciso astúcia, e a auto-estima saí reforçada perante a superioridade intelectual demonstrada na implementação do jogo. Há um enaltecimento do ego, pois a vitória, para além da sorte, depende da capacidade do jogador. Deste modo, investir cada vez mais tempo e interesse em apurar essa capacidade pode ofuscar todas as outras atividades e responsabilidades da vida. 
 A que é baseada no conhecimento e experiência. Este tipo de jogos (tais como apostas em corridas de cavalos), baseia-se muito no conhecimento que o jogador tem do meio no qual joga, nos profissionais que acompanha vorazmente (por exemplo, equipas de basquetebol ou futebol) e na experiência que anos de perspicaz observação lhe deram. Isto gera uma necessidade interior de apostar e ganhar o generoso prêmio que vem juntamente com a  sensação agradável da vitória. 
Existem “bases” diferentes que conduzem ao jogo compulsivo: da gratificação à recompensa, à supremacia do ego, ao sentido de superioridade intelectual; são vários os caminhos que podem levar os humanos a envolverem-se numa actividade que lhes retira o domínio sobre os outros aspectos da sua existência. 
Estágios do jogador compulsivo 
Há um balanceamento entre três estágios:
  O estágio da euforia de se ser vencedor: muitas vezes, esta fase é “arranjada” pelos organizadores do jogo, que fazem crer ao jogador que ele tem condições para ganhar muito. A pessoa envolve-se cada vez mais. 
 O estágio de perda, que se manifesta pelo aumento progressivo de recursos como o dinheiro ou tempo “gasto” (pois o jogador não assume como “perda”). Estabelece-se um padrão em que o que se ganha é investido em jogar mais. A condição econômica do jogador compulsivo começa a degradar-se.
  O estágio do desespero e esgotamento: a degradação da situação leva o jogador a desenvolver actividades ilícitas para se procurar recursos para continuar a jogar. A família e os amigos deixam de contar, e são muitas vezes usados para garantir meios para continuar a jogar, na esperança de encontrar os recursos para voltar a pagar as suas dívidas, geradas pelo jogo. Desesperados, estes jogadores não querem reconhecer o seu estado e voltam-se contra aqueles que frustram as suas intenções em continuar a jogar. Muitas vezes, o suicídio ou o desaparecimento com mudança de identidade ou de país tornam-se o caminho para sair da crise. Mas existem outras possibilidades de recuperação, que não estas aqui enunciadas.
Como sair deste estado de degradação?
O primeiro princípio que deve ser procurado é o da revalorização do ego desfeito do jogador compulsivo. Para isto, a desmontagem do processo pode passar por um programa de mudança de comportamento que pode ser obtido através de visitas a grupos de terapias comunitárias, consultas psicológicas e médicas, apoio dos familiares e amigos.
A decisão de abandonar a compulsão pelos jogos deve ser tomada pelo próprio jogador, o qual buscará os meios mais favoráveis para adquirir novamente sua vida familiar, social, econômica e biológica.  


Fonte: Revista Saúde e Lar
  
missing image file